20 de nov. de 2012

Sonhei: com um chamado para o fim do mundo


Estava em uma escola chamada Perpétuo Socorro (sei do nome da escola, era uma escola de freiras, particular e ligada à uma Paróquia que ficava perto da escola onde eu estudava na infância, não existe mais), a arquitetura da escola era muito bonita e eu aguardava um atendimento com mais pessoas em uma sala de espera. Havia uma mulher grávida, ela também aguardava e todos tinham senhas para o atendimento, mas a atendente não respeitava a ordem das senhas, ela chamava quem queria.  Eu me indigno, levanto e ordeno que ela atenda a mulher grávida primeiro e que depois atenda a todos na ordem certa, grito e sou agressiva. [Corte de cena]

Ando pelo corredor da escola (o que é estranho, nunca entrei de verdade nessa escola, mas sempre tive vontade), encontro uma amiga de infância que não vejo há alguns anos. Não é uma amiga muito íntima, mas daquelas que a gente sente uma empatia grande, sempre que nos vemos nos sentimos à vontade (ela tem uma filha, que já deve estar grandinha hoje, eu sei disso, já vi a menina várias vezes), nos abraçamos, dizemos coisas agradáveis, típicas de reencontros. Vem um menino de uns 12, 13 anos que se aproxima e é identificado como seu filho, eu digo que ele está grande e familiarizada com o problema, vejo seu braço direito necrosado, comento com naturalidade da necessidade de amputação, ela fala que a cirurgia está marcada, que ele não teve tanta sorte quanto eu tive (sim, eu tive sorte de não perder meu braço, um pouco mais nova que ele). Meu marido vem me encontrar, ele tem uma tatuagem grande no peito e ombro esquerdo, o menino fica contente de ver a tatuagem e eles conversam empolgados.[Corte de cena]

Estava em casa no escritório conversando com várias pessoas, amigos antigos, rindo e me divertindo, estávamos vendo vídeos e mostrando coisas da internet. O computador começa sozinho a nos enviar uma mensagem, rimos, entendemos como alguma publicidade ou brincadeira. Até que algo me faz tocar na tela e “carregar” aquilo que fazia o computador escrever sozinho e lançar sobre o meu amigo (não sei identificar quem era), ele passa a escrever em um papel a mensagem, nós assustamos e pedimos que pare com a brincadeira. Nesse momento, como se num filme que a gente retrocede a imagem, a mensagem que ele escreveu no papel se “desescreve”, com os movimentos dele ao contrário e ele como que e transe passa a falar a mensagem.

Não lembro as palavras, mas o conteúdo da mensagem fala sobre a noite, o perigo e a necessidade de ficar em casa, salvar quem amamos. Algo como a escolha das pessoas que sobreviverão, as instruções que devem ser cumpridas. Ele termina de falar e volta ao normal, nós sentimos o que estava presente ir embora, olhamos para fora pela janela. O clima que se abate no ambiente é constrangedor e triste, passamos a falar de gratidão e todos aos poucos vão embora.

É tarde da noite e o clima lá fora é de que se forma uma grande tempestade, com vento forte, céu avermelhado e frio. Eu começo a fechar a casa e ao invés de colocar os animais para fora como de costume, corro para colocá-os para dentro. Fecho janelas e portas, verifico até as janelas basculantes de banheiros. Tranco tudo, coloco panos no vão das portas e meu marido vem perguntar o que se passa, eu digo apenas que estou fazendo o que é certo porque vai chover. Coloco todos no corredor de casa, fecho as portas que dão para o corredor, jogo travesseiros e edredons no chão, nos sentamos e tentamos acalmar os animais enquanto ouvimos todos os tipos de sons lá fora, pessoas gritando, batidas de carro, chuva, vento e clarões de raios.
[Acordei]